Sabemos que o período da pandemia da COVID-19 gerou mudanças em diferentes setores no Brasil. E no setor da Previdência Social não poderia ser diferente.
Os critérios de obtenção de crédito consignado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sofreram mudanças diversas em 2021. Novos Critérios para a contratação do crédito e novas datas de carência para o início dos pagamentos foram algumas delas.
Mas enganam-se aqueles que pensam que as mudanças param por aí. A partir do dia 1º de janeiro de 2022 novas regras passam a entrar em vigor. Fique por dentro a seguir!
Antes de tudo, como funciona o empréstimo consignado?
Para entender o que muda no empréstimo consignado é preciso compreender o que é esta modalidade de empréstimo. Chamamos de empréstimo consignado a contratação de crédito pessoal sobre a qual o desconto incide diretamente no holerite do beneficiário.
Seja pensionista ou aposentado, ao contratar o empréstimo em questão, o segurado terá as parcelas descontadas, mês a mês, em sua pensão ou aposentadoria. Isso equivale dizer que parte da renda fica congelada para o pagamento da dívida.
Para entender melhor quanto é possível emprestar, o aposentado ou pensionista do INSS precisa consultar o quanto do benefício já está comprometido. Além disso, é necessário observar a margem consignável pelo Meu INSS.
Em relação às taxas de juros incidentes na contratação, tais podem variar de acordo com o perfil financeiro de cada cliente. No entanto, a média é de aproximadamente 2% para a contratação.
Considerando que a linha de crédito possui juros e taxas pequenas em comparação às demais modalidades de crédito, o consignado é muito útil. Além disso, concorre para a sua popularidade a rápida contratação. Afinal, em pouco tempo o dinheiro já é debitado na conta do beneficiário.
No entanto, embora a grande utilidade do empréstimo consignado, é sempre bom estar atento para não ficar superendividado. Por isso, cheque sempre as regras de funcionamento e medidas temporárias vigentes.
Regras em vigor até de 31 de dezembro
Dentre as mudanças da Medida Provisória 1006/20, reeditada no ano de 2021, encontramos a ampliação da margem de crédito consignado de 35% para 40%. No entanto, sabe-se que a MP não será prorrogada, de acordo com o próprio INSS.
Nesse sentido, é importante salientar que a margem de crédito consignado até 31 de dezembro de 2021 se encontra em 35% para empréstimo consignado e 5% para uso de cartão de crédito consignado.
Já a carência, dentro do mesmo período, aposentados e pensionistas podem pedir a suspensão das parcelas dos novos contratos por até 4 meses (120 dias).
Lembramos ainda que cada beneficiário pode fazer a contratação de até 9 empréstimos e ao mesmo tempo adquirir 1 cartão de crédito consignado. Não devendo esquecer que há limite de gastos para o cartão, bem como a margem consignável.
Novas regras: o que muda no empréstimo consignado?
A partir do dia 1º de janeiro de 2022 as regras do empréstimo consignado voltam a ser as regras tradicionais do programa. Confira as mudanças:
Margem de crédito consignado
Em 2022, as margens de crédito passam a ser 30% para a solicitação de empréstimo consignado e 5% para uso de cartão de crédito consignado.
Carência de contratos
A suspensão dos contratos novos não será obrigatória, ficando a encargo da instituição financeira a oferta. Em casos de possibilidade de suspensão, é necessário estar atento se o prazo adicional influenciará nas taxas incidentes – tanto de serviço quanto de juros.
Liberação e bloqueio do consignado
Os segurados que desejam bloquear ou desbloquear a opção do empréstimo consignado de seu benefício devem estar atentos aos novos critérios em vigor.
Conforme as novas regras, agora passa a ser obrigatório o envio do documento de identificação com foto do segurado. Em casos específicos, pode ser requerido ainda a identificação do procurador representante legal do beneficiário.
Como se preparar para as mudanças?
Agora que você já entendeu o que muda no empréstimo consignado em 2022, não podemos deixar de te apresentar dicas para efetuar uma contratação mais segura. Confira já:
Planeje-se financeiramente antes de contratar um empréstimo
A forma mais efetiva de saber se o empréstimo consignado realmente vale a pena para você é analisando se o mesmo impactará o seu orçamento. Devemos entender que apesar das baixas taxas, o empréstimo consignado não deixa de ser uma dívida.
Pensando nisso, analise a sua real situação financeira a partir do planejamento de suas finanças. Leve em consideração, sua renda mensal, despesas fixas, despesas variáveis e claro o valor da parcela da dívida. Assim, fica mais fácil de pagar o empréstimo e não se enrolar.
Vale ressaltar que com as novas mudanças, somente 35% de sua renda pode ser comprometida com a contratação do empréstimo.
Simule a contratação
Baixas taxas não são sinônimo de taxas fixas. Embora o empréstimo consignado retenha as menores taxas de juros, ainda assim podem variar a depender da instituição. Por isso, é importante fazer simulações de contratação e comparar as taxas oferecidas pelos bancos e fintechs.
Quanto menor a taxa, mais dinheiro será poupado. Logo, além de comparar as taxas de juros, não se esqueça de considerar o Custo Efetivo Total, ou seja, a soma do valor total a ser pago. Assim, fica mais fácil saber por qual contrato optar a fim de economizar.
Certifique-se que a instituição financeira é segura
Seja por um banco ou fintech, é crucial fazer uma pesquisa de campo para averiguar a credibilidade da instituição financeira. Afinal, é o seu dinheiro que está em jogo.
As instituições mais idôneas são os bancos e aquelas instituições homologadas pelo Banco Central e Previdência Social. Nesse sentido, não deixe de conferir os requisitos antes mesmo da contratação do empréstimo.
Prontinho! Se você é aposentado ou pensionista do INSS já está ciente sobre o que muda no empréstimo consignado em 2022. Além disso, com as dicas OMES nunca foi tão fácil e seguro solicitar o seu contrato. Até a próxima!