alimentos para pets
Fonte: Freepik

Já não é de hoje que a população brasileira vem passando maus bocados com os altos índices da inflação. O real que está sendo derretido aos poucos, a cada dia que passa, tem perdido o seu valor de compra e se tornando uma moeda desvalorizada.

E engana-se quem pensa que a desvalorização de nossa moeda fiat -16ª moeda que mais se desvalorizou em 2021 – pesa somente quando se trata de produtos para consumo pessoal.

É certo que a corrosão do real tem sido vista na alta dos produtos alimentícios, mas também de tributos como: IPVA, IPTU e até no licenciamento. 

De fato, a alta da inflação segue sem dar trégua aos brasileiros. E agora quem é alvo dos altos preços sobre os produtos e serviços são os pais de pets. Aliás, os alimentos para pets estão cada dia mais caros, superando até mesmo os produtos domésticos. Entenda mais a seguir!

A expansão de um Mercado em ascensão

alimentos para pets
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Segundo dados da Folha, o mercado brasileiro de produtos para pets é o 3º maior do mundo. Aliás, foram cerca de R$ 40,1 bilhões de faturamento do setor somente no ano de 2021, impulsionados, sobretudo, pelos serviços online.

A verdade é que a economia trouxe um maior espaço para o Mercado Pet ao fortalecer um processo em ascensão – a humanização dos animais domésticos

Considerando que os humanos passaram maior tempo em casa nos últimos dois anos, até mesmo com as rotinas do home office, as relações entre os animais humanos e os não humanos ganharam outras dinâmicas.

Mais que bichinhos de estimação, filhos! Antes, aqueles que viviam fora de casa na espera de seus donos, agora ocupam um lugarzinho no sofá, fazendo companhia em meio à vida pandêmica solitária.

Afinal, até aqueles que se diziam melhor sozinhos, hoje já estão optando pela adoção e/ou compra de um animal de estimação, impactados pelo isolamento social propiciado pela pandemia da COVID-19.

Aliás, de acordo com a Abinpet, o que proporciona ainda mais a ascensão do Mercado Pet é o total de 39,3 milhões de animais domésticos no Brasil. Dentre eles, somam-se 23,9 milhões de gatos e 54,2 milhões de cães.

E com um tratamento vip, os estabelecimentos de comercialização de produtos e serviços para pets precisaram se adaptar. Alimentação premium; itens de higiene; roupinhas personalizadas; casinhas confortáveis. Estes foram elementos que precisaram ser repaginados para atenderem aos “aumigos” dos humanos.

A maior consequência? Bem, o impulso febril do mercado eletrônico, que cresceu em mais de 4% no ano passado. Considerados serviços essenciais, mesmo em momentos de lockdowns, os pet shops permaneceram abertos e movimentando a economia do setor em voo ascendente.

Encarecimento de produtos e serviços

Contudo, embora as projeções do Mercado Pet sejam ótimas, quem vem sofrendo é o bolso dos consumidores.

Em 2021, a alimentação de pets, que representa 50% do setor, aumentou em cerca de 23%. Porcentagem três vezes maior do que a alimentação humana que chegou às margens de 8% de aumento, segundo dados do IBGE.

Isso se deve diretamente à alta da inflação e com as projeções da inflação em 2022, os preços tendem a ser ainda mais altos. Desta forma, considerando a queda do valor da moeda brasileira, o aumento dos preços dos produtos é consequência inexorável.

E assim, as oscilações das taxas de juros e o IPCA, acumulado em 10,74%, espelham também o aumento dos preços pagos por tudo que compramos, inclusive, da ração e dos artigos para os nossos bichinhos.

No entanto, não só a alimentação para pets apresentou um visível aumento. O aumento de serviços básicos também demonstrou encarecimento em resposta ao IPCA.

Banho e tosa tiveram o aumento de 7%. Além do crescimento dos serviços de higiene, os atendimentos com veterinário subiram em 6%. Agora, se os pais de pets precisarem arcar com serviços dentários para seus filhos não humanos, enfrentarão um aumento de 4% nos serviços dentais.

Aliás, de acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Pet Brasil os pais de pets podem gastar em média R$ 266,18, com os companheiros caninos de pequeno porte. Já com os de médio porte, o gasto pode chegar a R$ 327,51 enquanto com os de porte alto o custo mensal de manutenção de um cão é de R$ 422,59.

Prontinho! Agora que você já está bem informado sobre a alta dos alimentos para pets, compartilhe esta publicação nas redes sociais. Nos vemos na próxima, até mais!