Certamente, viver de dividendos é o desejo de diversos investidores. Afinal, o mercado de ações reúne uma série de oportunidades e há pessoas que buscam nas aplicações uma forma de assegurar o futuro, com a renda gerada. No entanto, como fazer isso?
Neste cenário, há um conjunto de aspectos que exigem clareza para garantir decisões ainda mais conscientes. Entre eles, os principais termos, como funcionam os dividendos, entre outros pontos que serão apresentados a seguir.
O que são dividendos?
Se você quer viver de dividendos, sem dúvidas, um ponto de grande importância é ter ciência do que se trata e do funcionamento. De um modo objetivo, os dividendos correspondem a uma parte do lucro líquido de uma companhia. Neste caso, ocorre o ajuste em prol da distribuição em meio aos acionistas.
Para entender esse ponto, basta considerar como o investimento em ações funciona. Ao ocorrer a aquisição, o acionista ganha parte do lucro líquido. Naturalmente, é algo que depende de quantos papéis cada um tem. Também vale a pena citar nesse cenário que há diferenças entre as ações.
Um outro ponto importante, é que a distribuição de dividendos está prevista em lei. Conforme a Lei das S/As, aquelas corporações que integram a Bolsa de Valores e contam com lucro líquido, devem fazer a distribuição de uma determinada porcentagem, da qual não há mínimo estabelecido.
Então, o que indica qual será a distribuição? É algo que consta no estatuto social das empresas, ou seja, é algo que varia. O que é fundamental nesse cenário, é que a porcentagem esteja clara. Se isso não ocorrer, as companhias deverão distribuir metade do lucro depois de passarem por verificação.
Os tipos de dividendos
Há diferentes retornos que os acionistas podem ter com as empresas ao se tratar de dividendos. Naturalmente, há as opções mais comuns e as mais raras, por isso, é importante entender cada uma delas.
- Ações: você sabia que é possível receber os dividendos por meio de ações? Nessa situação, o acionista recebe ainda mais ações da corporação. A proporção depende da definição de cada empresa, por exemplo, 5 ações para cada 100 ações na carteira;
- Dinheiro: assim como outros pontos, a quantia por ação pode variar. Nesse caso, por exemplo, os acionistas podem receber R$1,00 por papel.
- Dividendo especial: basicamente, é um pagamento extra feito pelas companhias e que pode ocorrer por uma série de razões, por exemplo, pela elevação de caixa ou alteração de regulamento. É uma situação mais rara.
Os acionistas podem, ainda, receber por meio de JCP, que são os Juros sobre Capital Próprio. Trata-se de uma forma de provento semelhante aos dividendos, porém, nessa situação, 15% de Imposto de Renda do acionista é retido na fonte. Há ainda os direitos de subscrição, que basicamente consistem na chance de que os investidores adquirem os ativos antes de sua disponibilização no mercado.
Dicas para quem quer saber como viver de dividendos
Para quem deseja construir uma carteira e viver de dividendos, é preciso ter muita atenção em diferentes conceitos. A partir desse conhecimento, será possível tomar ações melhores na hora de fazer a seleção. Entre os pontos a se considerar, estão:
- Gestão e saúde financeira da corporação;
- Dividend Yield;
- Valor da ação;
- Histórico de pagamento de dividendos.
Primeiramente, é de grande importância avaliar a gestão e saúde financeira de cada empresa que se pretende investir. Isso porque é a partir de uma análise cautelosa que será possível averiguar os resultados atuais, assim como as tendências dos negócios.
Todas as companhias que integram a bolsa de valores devem emitir seus balanços financeiros de forma regular. Além de verificar esse fator, também vale a pena identificar as principais movimentações atuais e planos.
Em relação ao Dividend Yield, basicamente, se trata de um indicador do desempenho da ação. É o dividendo por ano de determinado ativo dividido pelo valor atual. Tal valor representa quanto o papel da corporação custa.
Já no que diz respeito ao histórico de dividendos, sem dúvidas, identificar como o pagamento ocorreu anteriormente pode ser decisivo na hora de seguir ou não certos caminhos. É uma forma de identificar, em especial, estabilidade nas finanças.
O que mais exige atenção para viver de dividendos?
Outra grande dica para quem deseja viver de dividendos é identificar quando a empresa realiza o pagamento. Afinal, cada pessoa conta com suas necessidades e preferências, logo, é crucial contar com aplicações que estejam alinhadas com esses fatores.
As questões que exigem cautela por parte dos investidores não param por aí. Isso porque muitas vezes há tributos que podem impactar significativamente nesse cenário. É importante avaliar o Imposto Sobre Serviço (ISS), taxa de corretagem, taxa sobre o valor em custódia, de liquidação e de emolumentos.
Os primeiros dois casos são cobrados pelas corretoras, uma vez que estabelecem uma espécie de ponte entre a bolsa de valores e os investidores. As outras estão associadas com a B3, a bolsa de valores brasileira, sendo que a primeira condiz com a cobrança para “guardar” os ativos. Enquanto isso, a de liquidação e emolumentos possuem cobrança pela B3 e Câmara de Ações para assegurar o registo de ordens.
Sendo assim, ao montar uma carteira visando viver de dividendos, é preciso ter cautela. Assim como em qualquer outro tipo de aplicação. Ao longo do texto, você descobriu também que o pagamento pode ocorrer de diferentes formas. Logo, é importante identificar o sistema que melhor se adequa com o seu perfil de investidor para garantir um destino satisfatório para a sua renda.
Ainda mais, uma vez que é comum que sejam pagos por ano, é indispensável estudar para identificar se é a melhor opção para o que almeja. A diversificação para obter rendimentos das ações, assim como os dividendos também pode ser algo vantajoso, tudo dependerá de seus objetivos.