Em meio aos fortes impactos ligados ao Covid-19, a crise econômica é uma das principais pautas, em especial, por causa das incertezas sobre o setor de serviços na pandemia. Há pontos de avanços em meio ao cenário de recessão no início de 2021, porém, ainda se mostram abaixo do esperado.
De qualquer maneira, há diferentes termos que merecem atenção para garantir um entendimento melhor da situação deste setor ao longo da pandemia e atualmente. A seguir, confira as principais informações sobre o tema:
Qual é a divisão do setor econômico?
As inúmeras atividades econômicas de um país recebem uma classificação que segue um padrão mundial. As atuações se dividem em setores primário, secundário e terciário, contando também com subsetores e demais particularidades. De qualquer forma, todos são compostos pela PEA (População Economicamente Ativa).
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Neste ponto, é interessante indicar que o setor de serviços tem grande peso quando se trata do Produto Interno Bruto (PIB). Este fator é crucial para a economia e quando há alta, se trata de um indicativo de maior consumo, venda e investimento no país, ou seja, atividade econômica. A seguir, confira mais dados sobre os três setores:
- Setor primário: neste setor estão atividades como o extrativismo vegetal, animal e atividades de pecuária e agricultura. Inclusive, a agropecuária é a área de maior destaque por ser responsável por mais de 25% do PIB;
- Setor secundário: esse setor condiz com as atividades da indústria, como metalúrgicas, setor têxtil e automobilístico;
- Setor terciário: este é o mais amplo e corresponde a 70% do PIB do país, pois se refere a prestação de serviços e comércio no geral. Tem destaque também na geração de empregos e abrange comunicações, serviços públicos, transporte, entre outros.
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Embora o foco seja o setor terciário, mais precisamente, o de serviços, vale citar que os outros também apresentaram quedas. Por exemplo, o da construção, que integra o setor secundário, teve queda de 7%.
Já no setor primário, nota-se o aumento da atuação econômica no campo, em que os números de maior destaque foram de 24,4% que correspondem ao café e de 7,1%, avanço que condiz com a soja.
A situação do setor de serviços na pandemia
De acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a contração no setor de serviços foi de 4,5%, com a queda do PIB para 4,1%, sendo desde 1996 a maior queda da história.
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Além disso, aponta-se que as áreas que sofreram um impacto mais considerável foram as de transportes e de serviços para famílias, com destaque para o segmento de alimentação e alojamento.
As áreas que se mostraram com índices positivos de acordo com o IBGE no acumulado de 2020 possuem forte relação com entregas e tecnologia, sendo eles correio, serviços de tecnologia da informação, armazenagem e auxiliares aos transportes.
Por mais que existam esses pontos negativos, há alguns indícios positivos de crescimento, mesmo que sejam pequenos. Por meio de uma nota técnica, o Ministério da Economia analisa que o setor apresentará aumento no decorrer do ano. É algo com ligação predominante com o crescimento da taxa de vacinação nos meses seguintes.
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Quais foram as principais quedas e altas no setor de serviços em 2021?
De um modo geral, nos primeiros meses de 2021, em especial, em janeiro, o principal responsável pela alta no setor de serviços na pandemia foi a área de transportes de passageiros. Dados do IBGE apontam alta de 0,7% em janeiro, o que tem grande ligação com o aumento da movimentação que ocorreu.
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Soma-se a esse cenário também a expansão de serviços profissionais, por exemplo, atividades com ligação a arquitetura e engenharia, com avanços de 3,4%.
Os serviços prestados às famílias contaram com uma segunda taxa negativa em sequência, de 1,5%. Afinal, reúne atividades que comumente são presenciais, como hotelaria e restaurantes. Em comparação com janeiro de 2020, a queda é de -27,6%, sendo a maior das grandes atividades do setor de serviços.
Em segundo lugar, por exemplo, estão os serviços profissionais, administrativos e complementares, com baixa de -6,7% em relação a janeiro de 2020. No entanto, conforme citado, ainda assim contou com um pequeno avanço.
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Certamente, nesse contexto vale a observação de que, um dos pontos de grande peso para o mercado consiste na adoção das medidas preventivas, com foco no isolamento. Se em alguns pontos, medidas mais rígidas impactou grande parte do setor de serviços na pandemia, por outro, algumas áreas ainda mostraram um certo crescimento.
Além disso, a análise de que a flexibilização em diferentes níveis também tem um grande reflexo nas altas e baixas de 2021 também é importante. Embora existam distâncias significativas entre os percentuais pré-pandemia e os atuais, profissionais indicam que são pequenos passos importantes.
Por fim, de acordo com Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, não há chances de fazer previsões sobre a influência das medidas mais recentes no setor de serviços. Contudo, se sabe que é algo capaz de reduzir a velocidade da recuperação.