Para tomar decisões mais sólidas no meio dos investimentos, existe a aplicação de diferentes recursos. Um grande exemplo é o rating, que corresponde a uma nota atribuída a determinada instituição ou governo a respeito da classificação de risco.
Basicamente, a atribuição da nota por parte de uma agência ocorre a partir de uma série de fatores que serão abordados de uma forma mais ampla. Além disso, note que, os ratings podem ter diversas finalidades, como classificações de riscos de fundos, projetos e até mesmo emissões e bancos.
Desde o princípio, é importante ter em mente que os ratings, sejam globais ou nacionais, são comparativos. Sendo assim, o uso estratégico pode ser benéfico, porém, é preciso ter cautela para não levar as escalas como absolutas. Entenda a seguir.
As principais características do rating
Conforme citado, a nota tem aplicação voltada para medir o risco que a corporação, projeto ou fundo em questão possui de atender suas obrigações em relação ao crédito.
Sendo assim, é possível analisar a probabilidade de não pagamento e vice-versa, o que contribui com a tomada de decisões dos investidores, entre outras ocasiões.
Já quando se fala da origem dessas classificações, há diferentes empresas que realizam essas análises. No entanto, há três agências globais que possuem um alto reconhecimento: S&P Global Ratings (S&P), Moody’s e Fitch Ratings.
Entenda as escalas no rating
Embora o objetivo seja o mesmo, possuem métodos próprios e cada uma conta com escalas diferenciadas. No entanto, pode-se notar a semelhança que as pontuações seguem.
Basicamente, a apresentação ocorre por meio das letras A, B, C e D, a exceção fica por conta da Moody’s, que vai apenas o C como a menor classificação. Além disso, números e os símbolos – e + também são empregados. De um modo geral, várias técnicas são usadas, desde projeções, riscos, cenário interno e externo, entre outras análises cruciais. A classificação ocorre da seguinte forma, sendo o modo mais alto AAA e o mais baixo D:
Os níveis mais altos possuem classificação de grau de investimento, ou seja, de menor risco. Enquanto isso, aqueles que possuem as notas mais baixas, recebem a atribuição de grau especulativo e nota vermelha, por causa do risco superior.
No que diz respeito às agências, em primeiro lugar, sobre a S&P Global Ratings, a empresa conta com mais de 150 anos de história e presença em 128 países. Além disso, atua de forma que as pessoas se empoderem para ter maior confiança em suas decisões.
Já em relação a Moody’s, a empresa atua com dedicação na promoção de transparência, conhecimento e clareza. São mais de 100 anos de atuação e presença em 40 países. Em relação ao Brasil, atribui ratings a vários emissores financeiros e investidores desde 1997.
Por fim, a Fitch Ratings, que foi criada em 1909 e prioriza a criação de valor para as pessoas no fornecimento de informações. Além disso, são mais de 20.000 entidades ao redor do mundo já classificadas e 38 escritórios globais.
Atenção com as diferenças entre escalas
As escalas, naturalmente, possuem grande importância. Afinal, é a partir delas que as comparações podem ocorrer. Por exemplo, uma empresa de certo setor com pontuação ‘B’ no Canadá provavelmente tem o mesmo grau de risco de pagamento que uma empresa de outro setor com a mesma pontuação.
Nem sempre as escalas contam com publicação e as agências comumente apresentam definições de rating em escalas globais. No entanto, também existem as nacionais, que possuem “br” na frente ou após as letras que têm uso para uso na pontuação, como “brBB”.
Além disso, sempre tenha cuidado para não confundir ambas, pois uma empresa com certa pontuação na escala global não apresenta a mesma probabilidade de pagamento analisado na nacional.
Qual é o efeito do rating nos investidores?
Acima de tudo, ao direcionar-se especificamente para o setor de investimentos, é importante ter ideia que o risco que cada alternativa possui tem um grande impacto em todos os cenários.
Sendo assim, imagine uma entidade que apresenta um rating baixo, ou seja, menor capacidade de atender o pagamento. Então, o que isso significa para quem deseja investir?
Certamente, um risco maior e nesse caso, as empresas emitem dívidas com taxas superiores, de forma que o risco seja compensado.
Uma vez que essa nota contribui com um maior entendimento do investidor, há certo estímulo para que as empresas contratem as agências que atuam na classificação e atribuição de ratings.
Além disso, lembre-se que o rating pode proporcionar uma maior segurança ao analisar investimentos, mas não é uma indicação de compra e nem deve servir como parâmetro único. Afinal, indica o risco de cada alternativa e contribui nas comparações.
Sendo assim, tenha em mente que é apenas um dos vários aspectos que podem contribuir na decisão da escolha de um bom investimento. Por fim, fatores como a definição de seu perfil de investidor, retorno do investimento, entre outros, também devem ser sempre considerados.