Apesar de um ano atípico por causa da pandemia de coronavírus, repleto de incertezas e algumas quedas no setor, no geral, as previsões para fundos imobiliários 2021 se mostram positivas. Por mais que as oscilações desta opção de renda variável tenham sido maiores nos últimos meses, de acordo com a Forbes, notou-se o aumento do número de investidores, que passou de 1 milhão.
Acima de tudo, para ter maior segurança nos investimentos, é preciso compreender o mercado. Em meio a um cenário delicado, alguns fundos já demonstram recuperação em relação a 2020. Já outros, de acordo com o que você poderá perceber, não tiveram grande impacto.
A situação dos fundos imobiliários em 2020
Por mais que 2020 tenha sido um ano turbulento de um modo geral, vale a pena observar que os fundos imobiliários foram atingidos de formas distintas. Para ter uma melhor compreensão do tema como um todo, é interessante diferenciar os tipos de fundos, que são: tijolo, papel e híbridos.
Eles se distinguem conforme os ativos que os constituem. No primeiro caso, se tratam de fundos que abrangem imóveis físicos, por exemplo, faculdades, hospitais, galpões logísticos e shoppings.
Já no segundo caso, se fala em ativos de renda fixa associados ao setor imobiliário, por exemplo, Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Por fim, os fundos híbridos correspondem à constituição da carteira em fundos de forma que tenha tanto ativos com ligação ao setor, quanto empreendimentos.
Quando se fala dos fundos de papéis, o cenário no geral foi positivo em muitos casos, uma vez que diversos fundos possuem como indexador o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que apresentou crescimento.
No que diz respeito aos fundos de tijolo, ao longo do ano foram os que apresentaram maiores perdas, em especial, quando se leva em consideração que possuem ligação com aluguéis, shoppings e hotéis.
Por outro lado, os galpões logísticos apresentaram um bom desempenho. Basta considerar o crescimento da demanda de lojas virtuais. Desse modo, ocorreu o aumento de ativos associados a locação de galpões.
Um grande exemplo, é o BTG Pactual Logística (BTLG11), um fundo de galpões logísticos com 12 imóveis em quatro estados brasileiros. Além disso, desde dezembro de 2020 está entre grande parte das indicações de profissionais da área.
O fundo Vinci Logística (VILG11) também reúne diversas indicações e atende de modo abrangente o meio do e-commerce. Fundos imobiliários como esses, da área de logística, seguem com previsões positivas ao longo do ano. Veja mais sobre as previsões abaixo.
Quais são as previsões para fundos imobiliários 2021?
De acordo com o analista de fundos imobiliários Felipe Vaz, que atua na Santander Corretora, há chance de recuperação de segmentos que sofreram maior impacto ao longo de 2020. Vaz também declarou a CNN que, conforme o enfrentamento da pandemia avança, isso pode se refletir nos escritórios. É algo que envolve medidas como a vacinação, retorno de trabalhadores e retomada da economia. Além disso, a abertura dos shoppings também contribui com a recuperação dos ativos.
Um exemplo de fundo de tijolo com direcionamento em shoppings, é o VISC11, com 15 imóveis em 10 estados do Brasil. Conforme aconteça a reabertura, é uma opção que pode ter muitas vantagens por causa do posicionamento atrativo dos recursos.
Por outro lado, acredita-se também que certos fundos continuem com resultados positivos. Esse é o caso de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que são de papel e a previsão positiva está ligada especialmente ao mercado doméstico. De acordo com o sócio da Urca Capital Partners, Leonardo Nascimento, em entrevista para a Forbes Money, isso se deve ao aumento de vendas residenciais no interior do Brasil.
Por causa do cenário atual, o profissional declarou que, de um modo geral, os fundos de papel estão apresentando cotas mais valorizadas. Além disso, indica que uma estratégia para investir nesses fundos, é investir aos poucos, conforme as emissões.
Como escolher um fundo imobiliário para investir?
Não apenas no caso dos fundos imobiliários 2021, mas com instrumentos de renda variável no geral, é crucial que existam vários critérios para analisar antes de fazer um investimento. Acima de tudo, é essencial que o investidor tenha consciência de que resultados anteriores positivos não são uma garantia.
Um dos principais pontos que precisam de consideração é a qualidade do fundo. O portfólio do fundo pode ser diverso e por isso, é crucial notar fatores como a localização, qualidade e finalidade.
Naturalmente, a observação dos dividendos pagos é importante ao escolher um fundo imobiliário, porém, não deve ser um fator que impeça o investidor de ter clareza a respeito de outros pontos. Além da composição do fundo, é preciso também analisar quais são os fatores de risco.
Soma-se às questões que devem ser respondidas ao procurar um fundo para investir a de qual é a liquidez do fundo. Caso o perfil do investidor seja mais compatível com opções de longo prazo, uma baixa liquidez pode ser mais viável, uma vez que ficará por um período maior em sua posse. Já para quem visa algo em curto prazo, vale a pena uma liquidez mais alta.
De um modo geral, se pode notar que as expectativas são positivas, por mais que em alguns setores, a recuperação possa acontecer de uma forma mais lenta. Afinal, são diversas questões que influenciam na retomada e hoje em dia, o cenário ainda é repleto de incertezas.