Quem nunca se deparou com uma moeda danificada ou uma cédula mutilada que atire a primeira pedra.
Com o objetivo de fazer uma manutenção efetiva da circulação do dinheiro público, o Banco Central possui um rigoroso exame do estado de conservação e valorização do dinheiro.
Mas você sabe o que de fato acontece com aquelas cédulas e moedas que não passam no exame? No post de hoje você aprenderá um pouco mais sobre a produção monetária e o que acontece com o dinheiro descartado. Segue a leitura!
Antes de tudo, de onde vem o dinheiro?
Em termos simples, o dinheiro é fabricado pela Casa da Moeda do Brasil, em um complexo do Rio de Janeiro. Com mais de 30 anos de história, a instituição é composta por 3 fábricas.
A primeira é responsável pela impressão de passaporte e selos, enquanto a segunda produz moedas. Já na terceira, os 7 tipos de cédulas são fabricadas em larga escala.
Como são feitas as cédulas?
E por falar na fábrica de cédulas, aqui o início da produção do dinheiro se dá com a preparação do papel. Assim, cada monte de folhas possui marca d’água, cor e fio magnético.
Em seguida, o papel preparado passa por impressoras offset, da qual receberá cerca de 27 cores diferentes, enquanto a impressão ocorre dos dois lados em simultâneo. Dessas mesmas impressoras, o papel recebe as famosas microimpressões e tintas invisíveis, as quais podem ser vistas com luz ultravioleta.
Feito o processo, as notas precisam secar por 72 h para depois passarem pela impressão de calcografia. Impressão esta que coloca a tinta em alto relevo nas cédulas. Aliás, a identificação de uma cédula perpassa pelo processo de verificação do alto relevo, posto que o falsário não consegue tal façanha.
Após a impressão, as cédulas passam enfim por uma checagem visual para a verificação de possíveis erros. Em seguida, as notas recebem uma marca com uma numeração própria para a identificação e controle.
Identificadas, finalmente, as notas serão separadas e embaladas. As notas de R$ 100, por exemplo, são organizadas em pacotinhos de R$ 10 mil e, posteriormente, embaladas em um pacotinho de R$ 100 mil.
Assim, empacotadas as notas já estarão prontinhas para serem enviadas para o Banco Central.
E, as moedas?
Antes do preparo propriamente dito das moedas, o que se tem é apenas um núcleo de aço inox e externamente o mesmo metal com cobertura de bronze. Assim, a matéria-prima totalmente nua passa por uma grande máquina para a cunhagem – carimbo do valor.
A cunhagem é feita a partir de dois carimbos denominados de “cunho”, cada um deles representando um lado da moeda. Além disso, há ainda a virola para a demarcação das bordas e cercear o tamanho da moeda.
Por outro lado, quando os discos de metal são dispostos na máquina, ficam com os cunhos na parte superior e inferior e a virola ao redor. Em seguida, uma prensa de aproximadamente 75 toneladas amassa o metal para o encaixe perfeito no cunho e na virola. E voilá: temos uma moeda.
Após prontas, as moedas são contadas e empacotadas. As moedas de R$ 1, por exemplo, são colocadas em saquinhos de 50 moedas. Em seguida, 10 destes pacotinhos são embalados em um pacote maior.
Cada pacote maior tem cerca de R$ 500 em moeda e o jeito mais fácil de chegar a esse valor é pesando o pacote que deve ter 3, 520 kg. Assim sendo, os sacos recebem um selo e são encaixotados para serem despachados para o BC.
Tempo de vida do dinheiro e o que acontece com o dinheiro descartado
Assim como o processo de fabricação, a análise do tempo de vida do dinheiro é feita por máquinas bem arrojadas. Ao se deparar com uma nota desqualificada para a circulação, a máquina a rejeita. Logo, todas as notas são juntadas em blocos para um destino diverso do Mercado.
O tempo de vida de uma nota e moeda pode diminuir devido a diversos fatores, dentre eles:
- Perfuração;
- Tortuosidade.
- Rabiscos;
- Desfiguração;
- Manchas;
- Rasgos;
- Caracteres estranhos.
A duração média de uma cédula é de cerca de 2 anos, embora algumas possam chegar até a 5 anos em ótimas condições de uso. Aliás, vale salientar, que, segundo o Banco Central, as notas desgastadas devido ao excesso de uso ainda têm valor de compra e podem circular livremente.
Mas, então, o que acontece com o dinheiro descartado? Bem, 52% das cédulas que são impróprias à circulação são incineradas em fornalhas para produzir cimento. Segundo o órgão competente, a medida está de acordo com a legislação que rege o meio ambiente.
Ainda assim, o Banco Central intenciona até 2023 a adoção do processo de reciclagem das notas em outras regiões como Salvador e Belém. Afinal, o uso dos resíduos da queimada deve ser melhor aproveitado para a minimização dos impactos ambientais.
Viu só quantos processos para a fabricação e análise de valor do dinheiro? Agora que você já sabe o que acontece com o dinheiro descartado, então que tal conferir a nossa publicação a respeito das curiosidades sobre o dinheiro?
Nos vemos na próxima, até mais!