moedas de mercados emergentes
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Diferentes aspectos possuem influência nas moedas de mercados emergentes, que com a pandemia e outros fatores, enfrentam altos e baixos nos ambientes geopolíticos e econômicos. Neste contexto, a moeda americana e o estímulo da compra de ativos pelo banco central americano têm um grande impacto no espaço do mercado.

Isso porque uma vez que existe a correlação de mercados, há certa influência em alguns fatores, como se observa nas commodities, que são os itens comercializados ao redor do mundo nas bolsas de valores. Entre as que podem apresentar desvalorização, estão o petróleo, que nos últimos meses já apresentou perdas. 

Desse modo, observa-se que os mercados emergentes acabam prejudicados, embora no meio de 2020, a situação tenha se apresentado de uma forma diferente. No entanto, principalmente nos últimos meses, se observa uma maior diferença entre tais mercados.

Quando a liquidez é mais ampla, comumente a busca por ativos de mercados emergentes é maior. A relação dos estímulos dos bancos centrais e as demandas também possuem um papel importante no desempenho dessas moedas.

Compreenda o bom desempenho das moedas de mercados emergentes em 2020

Conforme citado, no meio de 2020 as moedas de mercados emergentes estavam em uma posição diferente do que a atual. Isso por causa de dois fatores que também já foram apresentados: incentivos de bancos centrais e demanda reduzida de moedas que recebem a classificação de “refúgios”. Deste modo, ocorreu a perda de força do dólar.

Uma vez que um conjunto de aspectos possuem impacto quando se tratam de investimentos, nos Estados Unidos a situação neste período era de uma série de cortes empregatícios. Outros fatores econômicos também não estimulavam os investidores.

Em meio as moedas que apresentaram melhores desempenhos, estão o rand sul-africano e o real com alta acima de 4%, assim como a rupia, da Indonésia, superior a 5%. Nesse período, profissionais aguardaram até mesmo ganhos adicionais a médio prazo, mas por outro lado, já indicavam a desaceleração em pouco tempo.

No início de 2021, a situação já apresentou mudanças significativas, onde moedas como o rand sul-africano, real, rupia, entre outras, tornaram-se vulneráveis, com perdas entre 1 a 2,3%.

Entre as razões estão as maiores oscilações do mercado, a redução dos ativos de crescimento, elevação inflacionária, avanço da vacinação em determinados locais, como nos Estados Unidos e perspectivas mais altas em relação às taxas de juros.

Qual é a situação do real quando se fala de moedas de mercados emergentes?

moedas de mercados emergentes
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Além de enfrentar os efeitos da pandemia, o país tem passado por uma série de mudanças implantadas pelo Banco Central. Por exemplo, com as taxas de juros mais altas desde o mês de março de 2021, a Selic ganhou um estímulo significativo, deixando uma posição baixa que ocupava há bastante tempo. 

No caso, a mínima histórica de 2% ao ano saltou para 5,25%, o que fez com que a entidade tivesse uma postura cada vez mais nessa direção, com estimativas para a taxa de cerca de 6,5% e 7%. 

Deste modo, ocorreu um retorno superior do real, em especial, ao considerar a inserção da taxa em contratos de NDF (Non-Deliverable Forward). Trata-se de um contrato de derivativos de câmbio, em que a operação é feita com liquidação em certa data. Em outras palavras, não há entrega. Por isso, é ideal para a proteção contra a variação da taxa cambial.

No geral, o real segue como uma das moedas de mercados emergentes que contam com ganhos em 2021, assim como o rublo, da Rússia. A taxa de juros no México também contou com aumento, de cerca de 2%, o que valorizou o peso em junho deste ano. No entanto, o que influenciou nesse meio no mês de julho, foi justamente a antecipação da elevação de juros nos Estados Unidos.

A situação do dólar atualmente

Certas grandes instituições financeiras apontam suas projeções para o final deste ano, que naturalmente, mudam de acordo com alguns fatores. Por exemplo, o BTG Pactual indica o dólar a 5,00 reais. Isso por causa da amenização do sistema de suporte à economia endossado pelo banco central dos E.U.A. 

De um modo geral, o dólar pode se mostrar forte e de acordo com a instituição, é algo que pode ter impacto no câmbio brasileiro. Já o Itaú Unibanco, chegou a ter a expectativa de 4,75 reais para o final deste ano, o que se aproxima do time de analistas de macroeconomia da AZ Quest, de 4,80 reais.

No geral, há certos riscos para a política monetária. Embora o aumento de juros possa influenciar nos mercados emergentes, é preciso considerar a variante delta, a inflação, entre outros pontos.

Sendo assim, se pode dizer que, embora as projeções do ano passado tenham tomado um rumo distinto esse ano, ainda assim as moedas de mercados emergentes contam com algumas altas. Naturalmente, algumas têm um destaque maior que as outras. No entanto, é preciso seguir com atenção ao mercado, em especial, com a perspectiva alta de ganho de força do dólar.