Não somos ensinados a economizar, mas somos bem treinados para consumir. Esta é uma afirmação que nem precisa de dados estatísticos para comprovação, a vida se encarrega de comprová-la.
Pense você, quando foi ensinado sobre planejamento financeiro? Tardiamente?! Agora, quantas vezes foi bombardeado com propagandas e gatilhos mentais para assumir dívidas a partir da aquisição de produtos e serviços que não precisava?
Se a resposta foi “muitas”, então você está no lugar certo. Hoje decidimos fazer diferente e inverter a ordem das coisas. Antes tarde do que nunca, no post de hoje você aprenderá 6 dicas de educação financeira para manter as contas no azul em 2022.
1. Anote todos os seus gastos diários
Uma forma de manter sempre as contas no azul e evitar a quebra de orçamento é criando o hábito de anotar cada um de seus gastos financeiros. Não importa se você comprou uma bala ou um tênis, o importante é listar o gasto juntamente com informações mais precisas, tais como:
- Dia da compra;
- O que foi comprado;
- Local da compra;
- Quanto gastou;
- Meio de pagamento.
Vale a pena discriminar também aquelas contas em débitos, fruto de serviços por recorrência. Seja a assinatura de um clube do livro ou um serviço de streaming. Assim, ficará mais fácil para se planejar mês a mês, ao visualizar todos os gastos no papel.
2. Se não tem dinheiro, não compre!
Fácil não?! Mas você sabia que, segundo dados do Serasa, divulgados pela CNN, mais de 62 milhões de brasileiros ainda estão inadimplentes? E o grande fator que leva muitos brasileiros a se endividarem é a antecipação de sonhos.
Não temos uma cultura, tampouco educação financeira o suficiente, para compreender que investir o dinheiro é melhor do que comprar parcelado aquele passivo; que casa própria não é investimento; e que podemos ter sim um patrimônio sem se afundar em dívidas.
Então, a regra é clara: se não tem dinheiro, não compre! Do contrário, além da dívida, você se afundará ainda mais nos juros abusivos, podendo pagar bem mais do que pagaria se juntasse o dinheiro para a aquisição do produto à vista.
3. Saiba exatamente o que vai comprar
Sabe aquela vez que você entrou no supermercado e comprou mais do que deveria? Isso é mais normal do que você imagina, mas não precisa fazer parte da sua realidade. Quando não temos um propósito bem definido, somos levados a comprar por impulso produtos que sequer precisamos.
Por isso, antes de sair de casa e se jogar nas compras, liste exatamente todos os itens que precisa comprar e pergunte-se sobre o motivo da compra. Caso hesite sobre a importância daquele produto, talvez seja melhor esperar um pouco até que a compra se torne uma necessidade de fato.
4. Pague as compras em dinheiro em espécie
Em outras palavras, deixe os seus cartões de crédito em casa, quando possível. Calma, isso não quer dizer que é para você sair dando o golpe nos amiguinhos durante o rolê, dizendo que esqueceu a carteira em casa, viu?
O que queremos dizer é que ao pagar as compras em dinheiro vivo, você terá um maior controle dos seus gastos, além de te fazer aprender pela dor.
Isso mesmo, a dor do pagamento também pode ser uma professora. Afinal, tendemos a dar maior importância ao que gastamos quando pagamos em dinheiro, visto que a materialização do pagamento se dá a ver.
Diferentemente do pagamento via cartão de crédito, posto que a cobrança tende a ser mais abstrata e menos sentida. “O que os olhos não veem o coração não sente’, não diria o ditado?
5. Evite gatilhos de gastos
Você ama sapatos e já tem uma coleção? Evite passar na frente daquela loja de calçados quando estiver voltando do trabalho. Deste modo, sem o gatilho, você estará blindado da mola propulsora capaz de te fazer gastar o que não precisa.
Aliás, isso vale também para as famosas e atrativas promoções. Se você é daqueles que não perde por nada uma liquidação, talvez seja melhor evitar entrar naquelas lojas que despertam o seu ponto fraco em datas sazonais e comemorativas, sobretudo, durante a famosa Black Friday.
6. Não empreste o seu nome
Sentimos em te dizer, mas, segundo pesquisas científicas, pessoas boazinhas tendem a falir. Então, não importa o quão triste é a história de seu amigo ou familiar, não empreste o seu nome.
Já dizia o ditado “dinheiro para parente é doação”. Aliás, quantas pessoas que pediram o seu dinheiro ou nome emprestado já te pagaram de volta? Certamente poucas.
Sendo assim, mais vale dizer não e ter a certeza de que o seu dinheiro ficará sobre a sua posse, do que emprestar e correr o risco de nunca mais reaver a quantia emprestada.
Sem contar que, se for o seu nome para um empréstimo bancário, aí já viu, quem terá que arcar com a dívida em caso de inadimplência é você. Aliás, não queira ainda nem imaginar o que pode acontecer se estourarem o limite do seu cartão de crédito, ainda mais se não puderem arcar com os gatos. Juros rotativos te esperam!
Com essas dicas, manter as contas no azul em 2022 se torna possível, mesmo em momentos de instabilidade em nosso cenário econômico. Nos vemos na próxima, até mais!