Cada vez mais o conceito ESG ganha espaço em todo o mercado. A sigla se refere a Environmental, Social and Governance e, seguindo a tradução, é usada para designar práticas que abrangem pontos ambientais, sociais e de governança. Nesse contexto, estão os fundos ESG, que visam, em especial, as empresas com essas ações.
No entanto, assim como em qualquer forma de aplicação, é preciso compreender de maneira abrangente sobre os portfólios com esses fundos. De fato, são empresas que reúnem diferenciais cruciais para a sociedade e ao longo do texto, você verá o crescimento, tendências, entre outros aspectos importantes.
O que são os fundos ESG?
Naturalmente, em meio as corporações, a percepção de tais fatores variam. No entanto, pode-se dizer que, para que seja um negócio, de fato, consciente na questão ambiental, é preciso que a parte operacional esteja alinhada com a redução e exclusão de danos à natureza.
No que diz respeito ao pontos sociais, possuem ligação especialmente com a forma que a empresa atua com questões de segurança, saúde e as pessoas tanto internamente quanto fora da corporação.
Já no quesito de governança, são considerados pontos mais atrelados com a parte organizacional. Como exemplos, se pode citar as políticas da empresa, liderança, normas no geral e até mesmo os parâmetros de participação dos acionistas.
Em relação ao crescimento do interesse nessa área, deve-se considerar que pautas que abrangem a sustentabilidade e conscientização do uso de recursos como um todo são cada vez mais abordadas. Dados que reforçam esse cenário têm origem no Google, levantamentos apontam que no país, as pesquisas atingiram o ápice em cinco anos em relação ao conceito de ESG, com destaque também para “investimento ético”.
Por outro lado, vale observar que tal crescimento também se deu em um nível mundial. Além de se tratarem de questões cruciais para a sociedade, há cada vez maior compreensão do risco inferior dessas aplicações em alinhamento com um potencial de resultados consideráveis a longo prazo.
Exemplos de fundos ESG
Hoje em dia, é possível encontrar diferentes fundos ESG para investir e cada vez mais as empresas apostam nessas opções. Afinal, principalmente em um cenário em que a conscientização ambiental e social ganhou um espaço ainda maior, o meio financeiro contou com impactos de diferentes formas. É algo que envolve a forma de encarar os investimentos, assim como a análise de empresas que constituem as carteiras.
Fundo Ethical
Esse fundo surgiu em 2001 pelo Banco Real e, basicamente, foi a primeira referência no país em relação a esse tema. No entanto, 20 anos depois, o Santander, um dos principais bancos do Brasil, apostou na sua reformulação.
Ele viabiliza investimentos em companhias que visam políticas pautadas no conceito ESG e que possuem uma atuação de valor no que diz respeito ao aspecto econômico-financeiro no geral. Além disso, a constituição da carteira é feita a partir de uma equipe de profissionais com o devido preparo e tem submissão a análise e validação do Conselho Consultivo do Fundo Ethical.
BTG Sustentabilidade ETF FI Ações
Nesse caso, o ETF tem como referência o Índice S&P/B3 Brazil ESG, onde os pilares ESG integram a atuação das empresas visadas. De acordo com a plataforma da instituição, os principais destaques que envolvem esse Índice estão associados com a sua abrangência.
Isso porque mede o desempenho desde ativos de empresas com notas ESG mais inferiores até as de maior destaque, que naturalmente ganham um peso superior. Dessa forma, se pode dizer que há um estímulo da adoção cada vez maior de normas sustentáveis.
Fundo XP Investor ESG FIC FIA
Já nesse último exemplo, trata-se de um fundo de investimentos em que a tática de análise e administração bottom up tem execução. A partir dela, os investidores podem ter uma percepção ainda mais clara da companhia. É algo que se deve a análise minuciosa realizada. Além disso, o time de investimentos conta com analistas preparados, além de um gestor.
Além dessas opções, vale citar que o crescimento dos fundos ESG no geral é notado a partir de vários meios. Pode-se notar este ponto pelas movimentações de instituições financeiras e bancos como o Bradesco, Fama e Itaú, que passaram a adotar como critérios também o conceito de ESG para a seleção de corporações para integrar o portfólio.
No caso do Itaú, por exemplo, no final de 2020, três produtos com base em sustentabilidade surgiram, como o Itaú ESG Energia Limpa Ações. Um outro exemplo fica por conta do Banco Safra, outro grande nome no mercado, neste caso, o produto recebe o nome de Safra Impacto ASG.
Desse modo, integram cada vez mais os portfólios e discussões do mercado financeiro. Sem dúvidas, um dia foi difícil prever uma realidade com uma participação maior de ativos com temáticas ambientais e sociais. No entanto, hoje em dia se pode ter uma percepção mais clara de tal crescimento.
Por isso, é crucial que os investidores tenham entendimento desse tipo de produto e seus benefícios. Conhece alguém que pode se interessar por fundos ESG? Aproveite e compartilhe o conteúdo, em especial, em prol da compreensão de opções que prezam por políticas cada vez mais sustentáveis.