Certamente, ensinar sobre dinheiro para crianças não é algo muito comum em muitas famílias. Afinal, mesmo entre os adultos, às vezes ainda é algo complicado falar abertamente sobre dinheiro. No entanto, a educação financeira pode fazer grande diferença na vida de todos, logo, é algo que merece muita atenção.
Para ter resultados eficazes, sem dúvidas, há necessidade de cautela em diferentes fatores, que serão abordados ao longo do texto. Além disso, aproveite para ver ainda mais sobre o quanto esse tema é significativo.
Qual é a importância de ensinar sobre dinheiro para crianças?
Não é muito comum que as famílias insiram temas financeiros na vida das crianças. No entanto, ao notar todo o impacto que pode ter, não apenas para os familiares, como também para a criança, pode valer a pena repensar. Isso porque uma relação mais saudável com o dinheiro é criada.
Nesse contexto, também é interessante abordar que um estudo do Banco do Brasil (BC) reforçou justamente esse ponto. Nele, indicou-se que alunos que possuem aulas deste tema utilizam 6,75% menos o rotativo do cartão de crédito, sendo o percentual inferior também ao se tratar do cheque especial.
De um modo geral, se pode estimular ao longo do tempo um cuidado com diferentes aspectos. Sendo assim, além de lidar com dívidas sem controle, podem se planejar para o futuro, objetivos, aposentadoria, entre outras possibilidades.
Programa Aprender Valor
Há nesse cenário uma grande iniciativa, que é o projeto de educação financeira nas escolas públicas. No final de maio deste ano, um anúncio foi feito sobre a expansão para todo o país.
A estimativa é que 22 milhões de alunos do ensino fundamental sejam alcançados. Em relação ao número já atendido até hoje em dia, se refere a 14 mil. Ainda se trata de um projeto piloto, com chance de implantação presencial e online.
O programa, que recebe o nome de Aprender Valor e é uma ação do Banco Central (BC), já tem aplicação de um modo experimental em várias áreas do Brasil. A premissa do projeto é que os estudantes tenham uma relação melhor com as finanças, o que tem um papel crucial ao considerar que ocorre antes da inserção no mercado de trabalho.
Além disso, pode soar claro que faz parte da disciplina de matemática, porém, sabe-se que questões financeiras existem em vários contextos. Por isso, a abordagem ocorre de modo que o tema integre outras disciplinas que já são obrigatórias, como ciências humanas e o português.
Como falar ao ensinar sobre dinheiro para crianças?
Sem dúvidas, o tipo de abordagem presente ao se tratar de ensinar sobre dinheiro para crianças faz toda a diferença. Apesar das singularidades de cada família, há certas dicas que podem contribuir de forma significativa com esse cenário. Veja algumas a seguir e aproveite para adaptar ao seu caso.
Tenha cautela no processo
Há indicações para a introdução de finanças na vida de crianças em várias idades, inclusive, aos 4 anos. De fato, vale a pena começar cedo, porém, independente desse ponto, em qualquer idade é crucial ter cautela com o processo de cada criança ou adolescente.
Por exemplo, em certas idades, em especial, para os mais novos, opções que despertam a criatividade podem ser melhores. Já em outras, jogos ou ensinamentos mais práticos possuem resultados mais eficazes.
Aproveite situações do dia a dia
Por esse motivo, outra grande dica é aproveitar as situações do dia a dia. Afinal, além de usar diferentes recursos para o aprendizado, usufruir de contextos da rotina também pode potencializar essa trajetória.
Naturalmente se deve pensar que a gestão dos recursos disponíveis também influencia nas lições. De acordo com a idade das crianças ou jovens é possível usar roupas, alimentos, idas ao mercado, brinquedos, jogos e tornar as orientações ainda mais divertidas por causa da naturalidade.
Oriente sobre a distinção entre necessidade e desejo
Neste contexto, incentivos e questionamentos a respeito de objetivos, poupar e escolher são cruciais. Desde os pontos mais simples como o desejo de comprar um brinquedo até as mais complexas como a respeito de cartões de crédito.
Soma-se a esse cenário a importância de citar a distinção entre desejo e necessidade. Isso porque estimular o consumo consciente desde cedo pode evitar futuras compras por impulso, grandes dívidas e até casos de inadimplência. Vale ainda lembrar que esse é um importante ponto quando se fala de organização financeira.
Como consequência, estimula-se também a economia na vida das crianças e jovens. Afinal, é crucial que exista a compreensão ao longo do tempo da valorização do dinheiro e de como a falta de cuidado pode trazer problemas.
Quer saber mais como ensinar sobre dinheiro para crianças? Veja a segunda parte desta publicação com uma série de dicas citadas por faixa etária para tornar o processo ainda mais eficaz.