Na primeira parte sobre ensinar educação financeira infantil, foi possível notar o quanto esse processo é importante para um futuro que conte com uma relação mais saudável das pessoas com o dinheiro. Sem dúvidas, é algo que pode envolver gastos e investimentos mais conscientes.
No entanto, você pode aproveitar para conhecer um conteúdo ainda mais amplo para levar esse conhecimento para crianças e jovens. Vale ter consciência de que, diferentes ações podem contribuir com esse cenário, que vai muito além de fazer contas.
Isso porque, fatores como um consumo mais consciente têm grande impacto e desde cedo, é possível incentivar as crianças de diferentes maneiras. Certamente, é preciso ter muita atenção em relação a cada faixa etária para atender o tempo de cada uma.
Atividades para ensinar sobre dinheiro para crianças de diferentes faixas etárias
Em primeiro lugar, é interessante citar que, por mais que essa lista tenha início em 4 anos, um pouco antes deste ponto, atividades lúdicas podem ser citadas. Então, um bom exemplo para ensinar educação financeira infantil nesses casos é a simulação de compras com comidas de brinquedo.
De acordo com informações anteriores, é algo abrangente, ou seja, com o tempo e pouco a pouco, hábitos de consumo saudáveis poderão ter reforço. Por exemplo, apagar as luzes, banhos mais rápidos, entre outros. Naturalmente, tudo de acordo com a realidade de cada família.
Uma vez que são faixas etárias que envolvem cerca de 3 a 5 idades diferentes cada, é indispensável que o envolvimento seja aos poucos, de acordo com o entendimento sobre o dinheiro. A seguir, confira algumas indicações para cada faixa etária:
4-7 anos
Certamente, é uma faixa etária ainda muito nova para a apresentação de muitos conceitos, em especial, os que envolvem grandes somas. Por esse motivo, incentivos por meio de ações no dia a dia são válidos.
Quer exemplos? Para abordar a ideia de transações, o simples ato de deixar com que entreguem o cartão ou dinheiro no caixa, pode fazer um grande diferencial. É claro, não se esqueça de falar sobre isso em uma linguagem simples.
Além disso, explique de forma simples que há um valor máximo que precisa de atenção para comprar algo ou que é preciso escolher entre os itens. Mostrar o que dá para comprar com certos valores, mesmo que pequenos, pode ser uma boa forma de contribuir com esse entendimento.
7-13 anos
Nessa faixa etária, duas indicações interessantes são jogos que exploram a parte financeira de um modo um pouco mais avançado, em especial, a respeito do sistema de poupar, partilhar e a introdução da mesada.
Em primeiro lugar, naturalmente, não são todas as famílias que podem atender uma mesada. Por isso, é importante avaliar essa possibilidade de acordo com cada caso para definir o sistema mais compatível. Dessa forma, se viável, poderá se estabelecer a frequência e valor de acordo com o planejamento financeiro e a criança.
Além disso, o incentivo para poupar continua sendo essencial e quando as crianças contarem com uma familiaridade maior com operações de matemática, será possível abordar alguns gastos do dia a dia.
Ainda mais, a presença no cofrinho na vida da criança pode soar antiga e simples demais. No entanto, vale notar que essa é uma forma prática de abordar a importância de economizar. Inclusive, de acordo com cada caso, o “cofrinho” pode ser entregue antes mesmo dos 7 anos, por exemplo, com 5 anos.
Então, é uma opção que abrange diferentes aspectos para quem quer ensinar educação financeira infantil, pois envolve tanto o hábito de poupar quanto a paciência.
13-18 anos
A partir da pré adolescência, o atendimento de atividades mais complexas pode ser feito. Afinal, há um maior entendimento, em especial, no caso de jovens que já tiveram contato de alguma forma com certos incentivos.
Para isso, uma das alternativas é apostar em recursos que exijam maior atenção no uso e/ou uma administração mais cautelosa por causa de valores. No que diz respeito às famílias que podem proporcionar mesadas, uma dica é que as parcelas sejam maiores, assim como o intervalo entre elas.
Por outro lado, vale a pena pensar em recursos específicos para jovens a partir de 16 anos e em alguns casos, para idades inferiores, que são os cartões pré-pago. Nesse caso, naturalmente, os responsáveis fazem a abertura juntamente com os documentos do jovem. Certamente, também é de grande importância que orientações sejam transmitidas a respeito do uso do cartão de crédito, da diferença para o débito e da importância de ter uma responsabilidade em dobro.
Por fim, se pode observar neste contexto geral que, aos poucos, conceitos e ações essenciais na relação das pessoas com o mundo financeiro podem ser apresentados para crianças e jovens. Além disso, com cautela, é possível que essa introdução ocorra no tempo certo.
Desse modo, há maiores chances de potencializar os resultados para ensinar educação financeira infantil e como consequência, a relação com o dinheiro no geral pode ser mais saudável. Para conferir mais informações sobre a primeira parte da publicação, clique aqui.