contratação superou demissão
Fonte: freepik

Em fevereiro, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou a Sondagem Industrial, uma pesquisa de opinião empresarial na qual a contratação superou a demissão em janeiro. É a primeira vez, em dez anos, que essa situação ocorre e em um cenário de pandemia, para alguns profissionais da área, reflete uma pequena recuperação do segundo semestre de 2020.

O índice de evolução do número de empregados da CNI obteve o alcance de 51,3 pontos no começo do ano. É algo que representa o acúmulo de 7 meses contínuos em alta neste âmbito, o que deixa mais notável que a contratação superou a demissão. Vale observar que, o indicador tem variação de 0 a 100, ou seja, 50 pontos é a classificação que recebe o nome de linha de corte entre a queda e a alta.

Por mais que seja uma pontuação significativa no contexto da pandemia, é válido citar que há altos e baixos que devem ser considerados. Afinal, a recuperação de diferentes setores é gradual e depende de uma série de questões, como do ritmo das vacinações.

Ao longo do texto, você verá mais informações sobre a pesquisa e demais índices que tiveram alcance posteriormente. Saiba que para Sondagem, a coleta de dados envolveu 1.804 corporações, entre elas 746 de pequeno porte, 618 de médio e 437 de grande porte. Além disso, a pesquisa ocorreu entre 1° e o dia 12 de fevereiro.

Qual foi o desempenho de outros fatores da indústria em janeiro?

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No que diz respeito especificamente ao mês de janeiro, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) correspondeu a 69%, sendo o maior porcentual desde 2014. Já quando se fala do desempenho em relação a 2020, notam-se quedas.

Outra baixa existente diz respeito aos estoques, que estão com um volume inferior ao esperado. Por outro lado, vale a pena notar que a queda foi menor e mais contida em relação aos meses antecedentes.

Por mais que a pontuação da evolução do nível de estoque esteja abaixo de 50, marcando 48,3 no primeiro mês do ano, deve-se considerar que significam 2,8 pontos superiores a dezembro de 2020.

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No que diz respeito à produção na indústria, notou-se uma queda ao comparar com o final de 2020. Isso mesmo com ao considerar que o movimento tenha sido normal no começo do ano e 2,2 pontos acima do mesmo mês no ano passado. Nesse caso, o índice marcou 48,2, ficando abaixo da linha de corte entre alta e queda.

De acordo com Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, a baixa na atividade nesse setor foi mais perceptível na mudança de ano do que nos três últimos anos. Por outro lado, a produção se manteve em níveis razoáveis no final de ano. Além dessas variações, se pode citar também o fechamento do mês de janeiro com a alta de 8,7% no faturamento.

No geral, esses números representaram também os avanços do setor no último semestre de 2020, em que a retomada teve avanços, mesmo que pequenos. Ainda assim, o mercado está submetido a uma série de fatores. É algo que reforça a importância de análises constantes, principalmente em um contexto como o da pandemia.

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Quais são as previsões para os próximos meses?

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De acordo com a pesquisa da Sondagem Industrial, a expectativa dos empresários é positiva no que diz respeito ao crescimento da demanda e de exportações. Uma vez que se refere ao início do ano, os índices apresentam pouca variação e positividade. No entanto, entre os investimentos na indústria em janeiro para fevereiro, ocorreu um recuo de 1,6.

Embora o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) apresente queda de fevereiro para março, de 59,5 pontos para 54,4 pontos, continua acima da linha de divisão. Ainda assim, Azevedo aponta que essa é uma das maiores quedas mensais da série.

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Pode-se observar que em alguns pontos as altas são mais significativas, em especial, quando se compara a janeiro do ano anterior, em que o cenário era diferente, uma vez que 2021 começou com os efeitos da pandemia em curso.

De certo modo, as quedas são um alerta e assim como as baixas em qualquer outro setor são indicativos desse momento complexo no país e no mundo.

A organização também obteve informações que permitiram observar que 14 dos 30 setores apresentaram queda. Entre as maiores baixas de fevereiro estão as áreas de itens de madeira, aparelhos, materiais e máquinas elétricas, couros e artefatos de couro.

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Já as maiores altas tiveram direcionamento para itens de borracha, obras de infraestrutura e outros equipamentos da área de transporte.

Afinal, é preciso considerar que desde o início de março, as perspectivas estão comprometidas nas condições gerais das empresas e com a economia no geral. Isso se deve ao fato de que o cenário se agrava a cada dia mais.

Por fim, o cenário ainda é repleto de incertezas de um modo geral e por isso, a recuperação deve acontecer de forma gradual conforme os demais aspectos no controle da pandemia avancem.