Depois de um ano atípico devido a pandemia do Covid-19, o valor do aluguel em 2021 gera muitas incertezas. Em 2020, em muitos casos descontos foram concedidos por causa da recessão do setor de serviços, com queda significativa de renda e a alta do desemprego. Por outro lado, no início deste ano o Índice Geral de Preços- Mercado (IGP-M) tem alta notável e o cenário segue com incógnitas.
Conforme será possível observar, os tipos de reajustes podem variar, seja de acordo com o indicador IGP-M ou inferior. Basicamente, se trata do indicador chave para os reajustes e sua medição ocorre a partir da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Embora profissionais apontem que sua aplicação para o cálculo não seja obrigatório, caso esteja no contrato, será a referência. De qualquer forma, ao considerar as informações anteriores, em especial, os impactos da pandemia, se trata de um bom momento para que um acordo seja feito para o valor do aluguel em 2021.
A seguir, confira mais dados sobre o que tem influência nas negociações e dicas para que elas ocorram da melhor forma possível.
A alta do IGP-M e as negociações do valor do aluguel
A respeito do IGP-M, você já sabe que se trata de um indicador que tem aplicação para o reajuste dos aluguéis, certo? No entanto, seu cálculo ocorre a partir de diferentes índices: Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), Índice de Preço ao Consumidor (IPC) e o Índice de Preços por Atacado (IPA).
O INCC condiz com a área de construções habitacionais e tem o peso de 10% no cálculo, enquanto o IPC corresponde a inflação no varejo e conta com 30%. Já o IPCA, é o índice de maior peso, com 60% e representa os valores no atacado.
Todos são importantes indexadores e possuem pesos distintos para a obtenção do indicador IGP-M. A premissa é de que os contratos tenham um meio seguro para os reajustes. No entanto, a disparada no percentual é notável, com alcance de 28,94% em março. Este é o maior desde 2003, quando chegou em 31,53% no mês de maio.
No início do texto você viu que a aplicação do IGP-M não é obrigatória para o reajuste, porém, é preciso que um índice de correção conste para a mudança. De qualquer forma, o uso ou não, cabe ao proprietário, mas há a observação crucial de que o não pagamento condiz com infração do contrato.
Vale dar ênfase que, de acordo com as informações anteriores, as principais indicações possuem como finalidade os acordos. Inclusive, é um ponto reforçado pelo Sindicato da Habitação (Secovi), que indica tanto a negociação quanto o uso de diferentes indicadores para o reajuste.
Por exemplo, ocorreram imobiliárias que aplicaram o IPCA para viabilizar o reajuste. Por mais que não tenha uma iniciativa no geral entre profissionais e indicada para locatários, a busca para conter a alta do IGP-M apresenta vários caminhos que podem ter adaptação.
Dicas para renegociar o valor
Anteriormente você descobriu os principais fatores que influenciam nos acordos e que é um momento propício para que sejam feitos. No entanto, você tem ideia de como renegociar o valor do aluguel em 2021?
Em primeiro lugar, é crucial notar suas condições financeiras e analisar o aluguel de imóveis próximos. Afinal, com as informações certas, será possível mostrar propostas realistas e seguras.
Além destes pontos, principalmente se o acordo for com a imobiliária, pode ser vantajoso abordar a chance de descontos para o adiantamento dos pagamentos. Seja nesse caso ou em um acordo direto com o locatário, a apresentação do comprovante de renda com a redução da mesma pode ser viável.
Papel das imobiliárias
As imobiliárias ocupam também um importante papel para a intermediação desse processo. Por esse motivo, recorrer aos profissionais com diálogo e consciência da realidade, é interessante para analisar todas as chances possíveis de conciliação.
Ainda mais, embora sugestões de valores ou descontos tenham potencial para o alcance de uma mudança, apresentar como o valor proposto será pago em dia também tem um grande peso para ter e transmitir segurança no processo.
Certamente, é importante que exista uma negociação clara, consciente e a análise das obrigações contratuais. Afinal, a saída de um inquilino, pode resultar em custos para o proprietário de acordo com o imóvel, por exemplo, de manutenção.
São pontos que variam de forma significativa, o que reforça a necessidade de analisar com cuidado as condições, preferências e necessidades de ambas as partes.
Por fim, a partir das informações acima, se pode observar que o mais recomendado é que um acordo benéfico para ambas as partes seja estabelecido. Dessa forma, se pode obter maior tranquilidade e segurança no valor do aluguel em 2021, sendo este um assunto que comumente causa preocupação em meio ao difícil cenário devido a pandemia.