Você já deve ter reparado que houve um aumento expressivo em praticamente tudo o que consumimos diariamente. Do gás de cozinha ao cafezinho na padaria da esquina, passando pelo jornal e pela carne e outros alimentos. Nada escapou. Você deve estar se perguntando afinal por que tudo está tão caro?
Vamos bater um papo sobre isso e entender porque praticamente tudo o que consumimos apresentou um crescimento em seu valor tão expressivo enquanto o salário não cresceu a passos tão largos assim?
Tudo isso está diretamente relacionado com o poder de compra que o dinheiro gradativamente vem perdendo. Mas calma que eu te explico.
Por que tudo está tão caro? O poder de compra explica
São vários os motivos que justificariam ou poderiam explicar porque o preço das coisas está assim tão caro. Para começar precisamos entender isoladamente cada um desses fatores e como eles se correlacionam para deixar tudo o que consumimos assim tão caro.
O primeiro fator é o poder de compra. O poder de compra nada mais é do que a quantidade de itens ou bens de consumo que conseguimos adquirir com uma quantia de dinheiro.
Se você parar para pensar vai observar facilmente o poder de compra analisando o que se era possível comprar anteriormente com cinquenta reais e o que é possível comprar hoje.
Um indicador que te ajudará a perceber isso é o índice Big Mc. Sim, realmente tem relação com aquele conhecido lanche que você imaginou e a partir dele podemos ter uma ideia de como está a nossa economia e o nosso poder de compra.
O índice Big Mc foi criado pela revista The Economist e funciona da seguinte forma: os preços de diferentes locais são contextualizados a partir do preço do conhecido lanche e assim, ao longo do tempo é possível averiguar quanto ele cresceu ou não.
A partir desse indicador, a revista The Economist identificou que entre os anos de 2000 a 2020 o real passou por uma severa desvalorização que chegou perto da casa do cinquenta por cento. Com esse indicador é possível determinar o poder de compra, o quanto o dinheiro se valorizou ou se desvalorizou ao longo do tempo.
Por que tudo está tão caro?! Proteja seu poder de compra
A perda do poder de compra está diretamente relacionada com a inflação que por sua vez pode corroer o poder de compra do brasileiro. A notícia ruim ou ainda pior nesse cenário é que a inflação continua subindo. Como ninguém vai cuidar do seu dinheiro por você, é preciso que você busque proteger o seu poder de compra.
Se você chegou até aqui deve ter percebido que ano a após ano temos perdido significativamente nosso poder de compra e ninguém vai protegê-lo se não nós mesmos.
Assim sendo veja aqui algumas dicas de como fazer isso.
O que você coloca no carrinho faz a diferença
O que você coloca no seu carrinho de supermercado faz diferença na manutenção do seu poder de compra.
Uma dica de ouro diz respeito a escolha do supermercado que você fará a compra. O ideal é que você opte por redes atacadistas que conseguem vender com um preço mais atrativo.
Outra opção igualmente interessante investir na compra através de plataformas digitais que também trazem preços mais atrativos para nós consumidores.
Invista bem o seu dinheiro
Se você não quer perder o seu poder de compra a melhor maneira de fazer isso é através de investimentos indexados ao dólar ou a inflação. São investimentos que garantem ao investidor o retorno da variação do indicador ao longo do período.
Nesse caso, você atrela o seu retorno financeiro igualmente ao aumento das coisas que você consome.
O Tesouro IPCA pode ser uma boa alternativa para você.
Por que luz e gasolina estão tão caras?
O aumento no custo da conta de luz afeta diretamente o seu orçamento, para que você tenha uma ideia, o aumento corresponde a utilização de fontes alternativas para a geração de energia enquanto os reservatórios de água estão baixos.
Uma das alternativas para a geração de energia é o uso das termelétricas que demandam de maiores custos para ser gerada se comparada as hidrelétricas.
O aumento na energia elétrica faz igualmente tudo subir porque como sabemos a energia elétrica está presente na cadeia produtiva de inúmeros produtos, afetando dessa maneira a inflação geral.
Sobre a gasolina, de acordo com pesquisa realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o produto apresenta acumulado de preço de mais de vinte e dois por cento.
O que aconteceu foi o seguinte, muitos países, não apenas o Brasil, tinham um estoque significativo de combustível quando as medidas de isolamento foram implementadas para conter a pandemia.
A oferta pelo produto diminuiu e consequentemente o seu preço também. Hoje o cenário é totalmente outro, com a retomada suas atividades comerciais, há uma procura por combustível que apresenta baixa e preços elevados.