Muitos brasileiros possuem o desejo de buscar oportunidades no exterior. Certamente, não se trata de um passo pequeno. Logo, para que se torne uma realidade, um dos pilares imprescindíveis é o planejamento financeiro para mudar de país, feito de forma cautelosa.
Certamente, esse conhecimento e o planejamento podem fazer grande diferença, em especial, diante do número de pessoas que almejam esse tipo de mudança. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a quantidade de brasileiros morando fora aumentou de 3,6 milhões no ano de 2018 para 4,2 milhões em 2020.
Entenda a construção de uma reserva no planejamento financeiro para morar fora do país
A necessidade da reserva financeira se atrela a chance de ter suporte por, pelo menos, um certo período. Logo, é preciso fazer uma pesquisa ampla para ter uma perspectiva financeira mais clara do montante mais adequado.
Por isso, para a estruturação dessa reserva, se torna necessário ter dados como alimentação, transporte, acomodação, entre outros aspectos. Eles serão vistos de forma mais clara no tópico a seguir.
No entanto, antes também vale a pena abordar que, essa reserva é necessária não apenas para se manter por diferentes motivos, mas em casos de falta de adaptação. Afinal, é algo normal de se acontecer e naturalmente, se deve pensar nos custos de um possível retorno.
Quais pontos devem existir no planejamento financeiro para mudar de país?
Agora que você já viu como uma reserva é crucial, está na hora de analisar de uma forma ainda mais ampla o que deve ser considerado em sua construção. Afinal, a quantia pode variar de forma significativa de acordo com o país de destino e de diferentes fatores.
Transporte
O transporte pode ser colocado de uma forma geral, ou seja, desde a preocupação com as passagens aéreas até com o dia a dia no novo lugar. No caso das passagens aéreas, é interessante pesquisar bastante quais são os melhores períodos para a compra, por exemplo, para identificar a possibilidade de aproveitar promoções ainda melhores.
Já em relação ao dia a dia, é preciso checar qual será sua principal forma de locomoção e como ela pode ser atendida. Por exemplo, se há possibilidade de compra de passe mensal, como funciona o aluguel de carros, entre outras possibilidades.
Acomodação
Onde você ficará? Estará sozinho ou irá dividir com outras pessoas? Sem dúvidas, são algumas das questões cruciais nesse cenário. Essa é uma das despesas que mais podem pesar no seu planejamento financeiro para mudar de país, em especial, ao se tratar de locação.
O início pode ser ainda mais caro por causa da necessidade de depositar um caução ou algo deste âmbito. Caso seja um processo feito pela imobiliária, taxas pelos serviços também podem existir.
Com isso, vale citar também outras despesas fixas que podem existir, como as contas fixas da casa. Naturalmente, é interessante pesquisar a respeito de acordo com seu perfil de consumo e o destino.
Alimentação
Também existe a necessidade de pesquisar bastante a respeito dos custos da alimentação por completo. É algo que entrará como uma despesa fixa e essencial, assim como outros pontos da lista. Por isso, ter ideia de gastos que envolvem supermercados, lanches e restaurantes é indispensável.
Saúde
No que diz respeito à saúde, dependendo do local, os custos podem ser relativamente maiores, com diferentes taxas. De certa forma, é algo que entra para um planejamento em prol de atender imprevistos, que é crucial.
Não se esqueça das obrigações no planejamento financeiro para mudar de país
Há diferentes obrigações, inclusive tributárias, que devem ter atendimento para que todo o processo seja feito de forma regular. Nesse contexto, é preciso envolver os custos para a emissão de documentos, tanto antes quanto depois da mudança.
Aliás, a solicitação do visto de permanência também deve existir antes da viagem. E, para quem não tem passaporte, também é crucial providenciá-lo.
Algumas pessoas contam com assessoria especializada para atender as obrigações fiscais do Brasil e do país de destino. Sem dúvidas, é preciso avaliar os custos que envolvem o suporte profissional e o quão vantajoso pode ser.
Afinal, é preciso conhecer todas as obrigações e valores que podem ter. Por exemplo, em relação a abertura e manutenção de contas no banco, há aquelas específicas para não residentes, como a conta de investidor não residente.
As obrigações fiscais no Brasil também exigem atenção, por exemplo, as cobranças que incidem nos rendimentos obtidos no país. Nesse caso, os valores são distintos por não ser residente fiscal.
Por isso, um ponto importante, além de pesquisar ao máximo sobre a situação de acordo com o país de destino, é a formalização da condição na Receita Federal. É algo preciso para quem se muda de forma temporária por 12 meses ou permanente.
Para o processo, alguns documentos são necessários, como a Declaração de Saída Definitiva e a Comunicação de Saída Definitiva. Isso porque a pessoa vira não residente fiscal do país.
Portanto, se pode compreender que existem vários pontos para atender ao se tratar do planejamento financeiro para mudar de país. Por isso, o ideal é que ocorra o quanto antes e com o suporte necessário para evitar frustrações.