No final de fevereiro, o anúncio do investimento da Mercedes-Benz no Brasil teve destaque, em especial, ao considerar as últimas movimentações da marca no país. Karl Deppen, presidente da montadora alemã, confirmou o investimento programado no valor de R$ 2,4 bilhões até o ano de 2022.
Uma vez que, conforme será visto, a produção de veículos leves teve encerramento no país, a iniciativa tem ligação essencialmente com o mercado de caminhões. Em comunicado à imprensa, Deppen apontou que o Brasil foi o maior mercado nessa área no mundo, correspondendo a 20% das vendas.
Em 2020, ocorreu a venda de 26.769 caminhões, enquanto no mercado como um todo, obteve-se o alcance de 84.6450 veículos. A proposta dos investimentos tem ligação com maior modernidade na unidade de São Bernardo do Campo. Também há prioridade em relação ao desenvolvimento de serviços e novos produtos que potencializam a conectividade.
A seguir, conheça mais sobre a marca e sua trajetória no país. Além disso, aproveite para saber mais sobre a situação do Brasil com as montadoras.
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Sobre a Mercedes-Benz
O nascimento da marca remete também ao período de início da motorização, em que Carl Benz e Gottlieb Daimler foram pioneiros em diferentes casos. Por exemplo, na construção do primeiro caminhão com motor, ônibus e do primeiro caminhão a diesel.
Já em 1900, Emil Jellinek fez negócios com a DMG, com um acordo que envolveu o desenvolvimento de um motor inovador, que levaria o nome de “Daimler-Mercedes”. O primeiro carro foi entregue naquele ano e suas características indicavam um marco no meio automobilístico.
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Inclusive, o símbolo que tem fama mundial teve aplicação a partir de 1909, posteriormente ao falecimento de Gottlieb Daimler. Uma estrela com três pontas representa a triplicidade da atuação da Daimler, com a fabricação dos motores para ar, mar e terra.
Ao longo dos anos o símbolo passou por modificações, inclusive com a fusão da Daimler e Benz. Desde 1933 não há alterações e até hoje a marca visa promover a inovação por meio da tecnologia e design.
O encerramento da produção de automóveis no país antes do investimento da Mercedes-Benz
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Apesar da notícia do investimento na Mercedes-Benz no Brasil, com o planejamento de um valor significativo, observa-se que esse movimento visa também, a continuidade do progresso da montadora no país.
Afinal, o anúncio feito no final de 2020 teve como principal justificativa a crise econômica do país, que ficou em maior evidência devido ao coronavírus. Vale citar que este também foi um dos motivos para o encerramento da produção de outro grande nome da área de automóveis no Brasil, a Ford.
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De volta para a Mercedes-Benz, o encerramento envolveu a fábrica de São Paulo, em Iracemápolis. No período, a empresa também anunciou que esse fator não afetará as produções em Minas Gerais, em Juiz de Fora, de cabinas de caminhões e em São Paulo, onde em São Bernardo do Campo elaboram-se chassis de ônibus e caminhões.
Inclusive, o investimento que corresponde ao tema central deste texto, abrange a modernização de linhas de câmbio, eixo e motor, ou seja, agregados, na unidade de São Bernardo do Campo.
A relação do Brasil com as montadoras
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Ao longo do texto você descobriu não apenas sobre o investimento da Mercedes-Benz no Brasil, como também sua saída em relação aos veículos leves e a da Ford. Nesse cenário, vale citar que ocorreram dois momentos anos atrás de grande impacto por causa de crises, como em 2008 e 2015.
No entanto, agora que a dinâmica se mostra de uma forma mais complexa, a retração dos investimentos no Brasil pode ser mais preocupante. Além disso, o ritmo da vacinação e a crise política podem contribuir com que a recuperação dos negócios acabe sofrendo algum tipo de comprometimento.
Em 2014, o país era considerado um dos que mais atrai montadoras, chegando a alcançar a quinta posição na lista de países com mais montadoras instaladas. Por outro lado, em 2021 mais fábricas podem parar, em especial, por obstáculos na logística e ausência de peças.
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Especialistas da área também apontam a maior probabilidade para que os valores aumentem. Em conjunto com as montadoras que tiveram indicação ao longo do texto, ocorreu também a paralisação das fábricas da Honda e da Chevrolet, o que se espera que seja temporário.
Um dos principais pontos em relação aos componentes tem ligação com a maior disputa de certos itens, como chips eletrônicos, com outros setores.
Qual é o impacto econômico desse cenário? É possível levar em consideração diversos pontos, mas há impactos no PIB, uma vez que a capacidade produtiva apresenta queda, geração de empregos, entre outros.
De qualquer forma, é um cenário que apresenta também adaptações por parte das empresas e a iniciativa do investimento da Mercedes-Benz no Brasil é um exemplo. Se por um lado foi viável descontinuar a produção de veículos leves, por outro, ainda existem áreas para serem foco de exploração.