Economia pode parecer um assunto espinhoso, mas com as informações certas essa área pode ser desmistificada e de fácil compreensão. Aliás, chega de assistir os jornais e não entender absolutamente nada sobre a economia de seu país.
No post a seguir, preparamos 3 curiosidades sobre economia brasileira para que você possa se inteirar de termos que são elementares para o setor econômico. De inflação a numismática, vamos lá?!
1. Hiperinflação e a desvalorização monetária
Segundo pesquisas, o real foi a 16ª moeda que mais perdeu valor em 2021. Mas porque isso acontece? A resposta: a inflação.
A inflação consiste no processo de diminuição do poder de compra de uma moeda ao decorrer do tempo.
Entre 1980 a 1990, nosso país passou por um período de hiperinflação, ou seja, o derretimento do poder aquisitivo da moeda nacional a partir do aumento recorrente dos preços dos produtos e serviços.
No cenário de desequilíbrio econômico da década de 90, a inflação chegou a 84,32%. Aliás, o aumento exacerbado dos preços fez com que muitos brasileiros gastassem os seus patrimônios na velocidade da luz. Afinal, os preços poderiam aumentar a qualquer momento, de modo que planejamentos econômicos eram ineficazes.
Você deve estar familiarizado com o termo “fazer as compras do mês”, certo? O termo ganhou forte ascensão nas décadas de 80/90, uma vez que com a hiperinflação era mais seguro estocar o máximo possível de produtos, do que esperar o aumento descabido dos preços.
De 1965 a 1994, a inflação acumulada do Brasil chegou a 1.142.332.741.811.850%. A porcentagem da inflação acumulada do dólar nos últimos 221 anos corresponde a 2019, 48%. Dá para acreditar?
E hoje? Assim como muitas moedas de países emergentes, o real também está altamente desvalorizado, como vimos. A crise provocada pela pandemia revelou o risco Brasil, o que levou vários investidores a retirarem capital das terras tupiniquins e alocá-los em mercados com menos riscos de quebrarem.
Menos dólares em circulação leva então a preços altíssimos. Aliado a isso, em busca de amenizar os impactos gerados pela pandemia, o Governo aumentou os gastos públicos, amortecendo as consequências econômicas sobre os cidadãos vulneráveis. Assim, a saída do capital estrangeiro e o risco fiscal muito contribuíram para a queda do real.
2. Já tivemos diversas moedas
Devemos lembrar que uma moeda é um intermediário na troca de produtos, bens e serviços. Sendo assim, quando começa exatamente o uso de moedas em território nacional?
No ano de 1568, Sebastião I ordenou que as moedas lusitanas também fossem trocadas em solo brasileiro. Obviamente que por trás da ação existia um objetivo de cunho político: integração imperialista a partir de uma moeda comum.
No entanto, entre os séculos XVI e XVII, muitas moedas circularam no Brasil. Algumas portuguesas, como os réis, outras espanholas, como o real de ocho e o real de plata, e as neerlandesas como os florins. Na Bahia, por exemplo, pessoas escravizadas na Angola utilizavam o zimbo como moeda de troca.
A unificação da moeda brasileira se deu em 1833. No entanto, somente na década de 1850, houve uma ampliação da circulação de papel-moeda, cuja exclusividade de emissão passou do Banco do Brasil ao Tesouro Nacional.
Com a República, em vias de resolver o problema da falta de circulação monetária e modernizar a economia agrícola, muitos bancos tiveram a prerrogativa da emissão de dinheiro.
Assim, o aumento da quantidade de moedas e o desapontamento da inflação fez com que a moeda vigente – o real – fosse substituída pelo mil réis e pelo conto de réis. A partir daí, o Brasil passou por diversas trocas de moedas.
Fetiche monetário? Na verdade não. O único motivo cabível para a troca de moedas diz respeito à alta da inflação. Com a hiperinflação, muitas moedas começaram a perder poder aquisitivo.
Nesse sentido, quanto mais zeros uma moeda possuía, uma nova moeda era criada com um valor de zeros reduzidos.
Confira algumas das nossas moedas:
- 1967-1970 – Cruzeiro Novo
- 1986 – 1989 – Cruzado
- 1970 -1986 – Cruzeiro
- 1989 – 1990 – Cruzado Novo
- 1990 – 1993 – Cruzeiro
- 1993 – 1994 – Cruzeiro Real
3. 1,00 real pode valer até 275,00 reais
Uma das curiosidades sobre a economia brasileira diz respeito a uma moeda morta. Embora já não possua valor comercial, a nota de R $1 pode valer até R $275 no mercado de numismática – colecionismo de moeda. Isso porque há muitos colecionadores que são capazes de pagar um alto preço por uma cédula tão rara.
É fato que a cédula de R$ 1 já saiu de circulação. No entanto, segundo dados do Banco Central, ainda existem milhares delas por aí. Mas, não se engane, não é qualquer cédula deste valor que pode passar de R$ 200 no mundo dos colecionadores.
A nota em questão consiste na cédula em estado flor de estampa com a numeração respectiva seguida das letras BA. Com a assinatura de Pedro S. Malan e Gustavo J. L. Loyola, a nota possui séries que variam entre 0001 a 0072. E aí, será que tem alguma guardada em seu cofrinho? Vale a pena conferir.
Prontinho! Agora você já está inteirado das 3 maiores curiosidades sobre a economia brasileira. Esperamos que tenha aprendido muito no post de hoje e que possa acompanhar as nossas diversas publicações sobre economia. Até mais!