Certamente, questões sobre se aposentar, podem gerar muitas dúvidas e receio nas pessoas. Afinal, é claro que o melhor cenário possível é almejado e principalmente após a Reforma da Previdência, é importante conhecer os caminhos mais favoráveis para seguir. Desse modo, é algo que tem ainda mais relevância quando se trata da aposentadoria sem depender do INSS e conforme informações anteriores, há diferentes formas de se planejar.
No entanto, é preciso compreender o que sofreu mudanças com a Reforma, o funcionamento e quais caminhos você pode traçar. Isso porque o conhecimento, juntamente com o planejamento compatível com suas particularidades, podem garantir maior estabilidade no futuro.
O que mudou depois da Reforma da Previdência?
No segundo semestre de 2019, ocorreu a aprovação e conclusão da votação da Reforma da Previdência. Enquanto ocorreu a implementação de normas para servidores públicos e para o setor privado, as regras para servidores de municípios e estaduais não contaram com mudanças. Nada mudou também para quem já se enquadrava nos parâmetros dos processos ou já estava aposentado.
Desse modo, para aqueles que estão trabalhando, independente do período que ainda falta para a aposentadoria, há diferentes pontos que exigem atenção. Tais fatores recebem o nome de regras de transição e as principais mudanças neste âmbito são as seguintes:
- Quantia do desconto da remuneração: o desconto equivale à relação da remuneração com a contribuição, ou seja, quem ganha mais, contribui mais e quem ganha menos, tem uma contribuição inferior;
- Período mínimo de contribuição: se por um lado servidores devem atender 20 anos, no setor privado no caso de homens a contribuição é de, pelo menos, 20 anos e de mulheres 15 anos;
- Fixação de idade mínima: 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens;
- Cálculo do valor da aposentadoria: baseado na média do histórico completo das contribuições.
Deve-se considerar também que ao longo dos anos é normal que os parâmetros mudem, ou seja, principalmente para quem é mais novo, é crucial pensar a respeito e se planejar.
Como se planejar para aposentadoria sem depender do INSS?
Para aqueles que desejam se aposentar e ter uma renda mensal que chegue perto da vida ativa, é importante que exista um planejamento correto. Existem alguns passos que podem te ajudar, tais como:
Defina uma meta
É imprescindível ter uma meta, pois para que seu planejamento tenha uma direção, é preciso uma noção da renda que almeja no futuro, ou seja, do dinheiro necessário. Muitas vezes, a dificuldade está em começar e o maior obstáculo pode ser justamente a dúvida de quanto poupar por mês para o que deseja para o futuro.
Por isso, faça o cálculo colocando quanto deseja ganhar a partir de qual idade. Não deixe de considerar suas necessidades futuras. A partir desse ponto, cada um pode estimar a renda mensal e alcançar um valor total.
Por mais que exista a recomendação de 10% da receita, deve-se considerar que cada pessoa conta com suas particularidades e necessidades. Por isso, essa porcentagem pode variar de forma significativa.
E se em algum mês não for possível poupar?
Certamente, ao longo do tempo é interessante que o valor dos investimentos sejam maiores por causa da correção que tem ligação à inflação. Seja nesse sentido ou por dificuldades em certo mês com a quantia estabelecida no início, o crucial é não deixar de juntar dinheiro para a aposentadoria. Se for preciso, inicie com uma quantia menor da que consta em seus cálculos.
Analise a opção da previdência privada
Muitas pessoas que desejam uma aposentadoria sem depender do INSS, podem achar que a previdência privada é a única saída, mas não é. Em alguns casos, pode ser uma escolha viável, já em outros, o retorno pode ser menor do que se espera.
Há quem chame de previdência privada qualquer meio de investimento por conta própria. No entanto, este tópico trata apenas de planos de previdência privada em si, por exemplo, Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) e Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL).
Além desses pontos, é preciso analisar o retorno com cautela, principalmente em comparação com outros investimentos com longo prazo. As taxas de administração e carregamento também exigem atenção.
Todavia, alguns colaboradores podem ter maiores vantagens por causa de empresas que proporcionam a previdência privada como um dos benefícios, tornando as aplicações mais rentáveis. Sendo assim, de um modo geral, há certas comodidades para não depender do INSS, além do fato de receber certo valor mensal ao se aposentar.
Invista de forma segura para ter uma aposentadoria sem depender do INSS
Além da quantia principal que você alcançou ao definir uma meta, é crucial que exista a rentabilidade do que está sendo poupado. Por isso, é interessante investir de uma forma segura e vantajosa. Uma das principais recomendações nesse caso é o Tesouro Direto, uma indicação comum para pessoas que têm baixa tolerância ao risco na hora de investir.
Mais precisamente, a opção do Tesouro IPCA+, que rende de acordo com a inflação mais uma porcentagem se torna vantajosa por assegurar que o seu dinheiro ganhará poder de compra. Vale lembrar que é fundamental que o seu dinheiro “trabalhe” para você, não basta apenas juntar e deixá-lo parado.
A alternativa de renda variável também pode ser vantajosa, mas exige maior atenção devido às oscilações. A indicação ocorre essencialmente por causa de investimentos que oferecem dividendos, ou seja, podem ter uma rentabilidade ainda mais atrativa. No entanto, é preciso estudar a respeito e se planejar para escolher com cautela onde investir.
Com dicas como essas, é possível se planejar para se desvencilhar das incertezas do INSS e assumir o controle da sua aposentadoria. Caso você trabalhe de carteira assinada, seu planejamento se dará de forma complementar e será vantajoso do mesmo modo.